Tomando a micropoesia japonesa por fotografia, em 2018 publiquei um livro de retratos, relatos e haicais: Perecível. A haicaixa, 100 exemplares com 10 lâminas poéticas sobre asas e gravidades, foi lançada no encerramento da exposição Perecível com uma missão distinta do fotolivro. De fácil produção caseira, o mini livro de artista seria espalhado pelo mundo. E assim tem sido feito.
Entre ruas, bibliotecas de minha cidade natal, Fortaleza, mas também em metrôs do Rio e Milão, na livraria Shakespeare & Co em Paris, em museus de Zurique e nas casas de meus correspondentes pelo Brasil. A haicaixa é uma auto-publicação contínua a se modificar a cada edição, uma pequena guerrilha poética, em constante devir, a se deslocar com o vento e crescer feito capim.
Haicaixa. Livro de artista. Intervenção Urbana. 10 haicais em uma caixa de fósforos modificada. 100 unidades. 2018-2021.